O CEO e fundador da Abios (Operadora de eSports), Oskar Froberg, se sentou para discutir a legislação iminente no setor com Marese O'Hagan. O'Hagan questionou Froberg sobre o quanto os brasileiros gostam de eSports e se as iniciativas de legalização poderiam representar um ponto de inflexão para o setor em expansão.
O legislativo aprovou a Medida Provisória 846/10 em dezembro de 2018. Naquela época, o governo definiu uma janela de dois anos para estabelecer a legislação para apostas esportivas. O governo estendeu esse período por mais dois anos, até dezembro de 2022.
Várias regras e propostas regulatórias foram anunciadas em 2022, e os operadores de apostas esportivas estão a par da empolgação do país com esportes como o futebol. Naturalmente, o país que deu ao mundo um Pelé tem uma profunda afinidade com as apostas em futebol, mas consolidou-se também um interesse crescente pelos eSports.
O CEO e fundador da Abios, Froberg, foi rápido em apontar que o eSports era uma proposta viável para o Brasil quando descobriu o quão popular era League of Legends no país em 2013. Muitas comunidades estavam em funcionamento no Brasil, no Facebook, com discussões comunitárias sobre esse jogo de tirar o fôlego e outras atrações de eSports. Ele acrescentou:
A intenção é legalizar ou regulamentar as apostas esportivas e em eSports até o final de 2022. Acompanhamos isso de perto porque entregamos produtos de probabilidade ou odds em diferentes regiões e em todas as áreas em que somos licenciados. Na América do Sul, vemos uma enorme popularidade da FIFA ou do eSoccer”, continua Fröberg. “No mercado sul-americano, não há razão para que o Brasil seja diferente. Sendo uma nação que carrega o futebol no coração, as pessoas estarão muito interessadas na FIFA e no eSoccer.
As pessoas do Brasil são muito dedicadas e muito interessadas em esportes em geral, e muitas delas estão muito interessadas em esportes eletrônicos.
O Contexto Jurídico
Os regulamentos de apostas esportivas no Brasil oferecem espaço para eSports, de acordo com as publicações de maio de 2022, com a inclusão de 22,2 milhões de reais em taxas de licenciamento. Uma das principais diferenças para os operadores de eSports é que deve haver uma subsidiária no Brasil para a legalidade das apostas. Fornecedores estabelecidos podem se beneficiar do sistema baseado em subsidiárias no país, diminuindo a concorrência e aumentando os custos operacionais.
A estrutura regulatória permanece incerta, apesar do crescente mercado de eSports no país. Operadores de apostas esportivas estabelecidos que tentam se beneficiar da criação de apostas esportivas podem enfrentar obstáculos. Enquanto vários especialistas do setor se concentram em atrair apostadores para os eSports, Froberg está mais focado em fazer com que eles apostem do que em fazer com que se interessem por eSports. Além disso, como essa categoria de apostas esportivas é uma experiência audiovisual com potencial de apostas, a negociação de skins é uma grande parte dela. Tudo isso torna a experiência visual mais fascinante.
No entanto, esses desafios exigem uma forte iniciativa de marketing. Por exemplo, a re-regulamentação e padrões rígidos de publicidade foram implementados na Holanda. As operadoras provavelmente desejam evitar tais estruturas no Brasil. O marketing para apostadores é um desafio empolgante no Brasil por vários motivos. Dada a enorme população e o grupo demográfico jovem do Brasil, esse país latino-americano apresenta um enorme potencial para as operadoras. Além disso, o apetite insaciável do público pelo eSport está se fortalecendo a cada ano; isso é um bom presságio para as perspectivas do esporte.
Do jeito que está, o Brasil se apresenta como o playground ideal para operadoras que desejam lucrar com o novo apelo dos eSports.