Congresso Brasileiro Barra Progresso na Legislação de Apostas Esportivas devido a Disputa


Luis S. - junho 17, 2023
Bandeira do Brasil

A disputa entre o Congresso Brasileiro e o Ministério da Fazenda estagnou o progresso na legislação de apostas esportivas, gerando preocupações sobre receita e corrupção.

Em um desenvolvimento polêmico, a Câmara dos Deputados e o Ministério da Fazenda estão travados em uma disputa, impedindo o avanço da legislação para regular a indústria de apostas esportivas do país. Este desacordo surge após a falha de uma medida de emergência para permitir que o governo arrecade impostos do grande mercado cinza operando no setor de apostas esportivas brasileiro.

Proposta inicialmente pelo Ministério da Fazenda, a medida provisória precisava da aprovação do Congresso e teria fornecido uma solução imediata ao legalizar e regular as apostas esportivas no Brasil. No entanto, assessores do Presidente Lula, supostamente o desencorajaram a endossar o projeto devido à oposição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que carece de apoio significativo na casa. Consequentemente, o plano de emergência não foi assinado pelo Presidente.

A influência diminuída do Presidente Lula sobre o Congresso Brasileiro tornou-se evidente, com Lira e a câmara baixa exercendo seus poderes para desacelerar o processo de legalização das apostas esportivas. Em vez disso, eles optam por uma abordagem mais deliberativa, tratando a legalização como um projeto de lei legislativo regular.

Acusações de alto perfil de manipulação de resultados adicionam complexidade à situação, o que tem lançado uma sombra sobre a indústria, com implicações até mesmo alcançando jogadores na Major League Soccer dos EUA. Em resposta, o Congresso Brasileiro estabeleceu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que deverá apresentar suas conclusões à câmara em setembro, no mais cedo.

Além disso, o Superior Tribunal de Justiça no Brasil já penalizou sete jogadores por seu envolvimento em receber propinas ilícitas para influenciar vários resultados de partidas. A investigação em curso pela CPI inevitavelmente retardará o progresso em direção à legislação federal de apostas esportivas, já que suas descobertas desempenharão um papel vital na formação do quadro regulatório.

A situação pode enfrentar desafios adicionais devido à agitação política, pois o Deputado Bacelar da Bahia emitiu uma convocação para o ex-ministro da economia do Presidente Bolsonaro, Paulo Guedes. Esta disputa gira em torno da regulamentação atrasada das apostas esportivas, destacando o debate duradouro dentro do legislativo brasileiro.

Conforme uma lei de dezembro de 2018, o ministério da fazenda foi mandatado para introduzir apostas de cotas fixas dentro de quatro anos, que expirou no final do mandato presidencial de Bolsonaro sem qualquer ação ser tomada. A investigação de Bacelar busca descobrir os motivos por trás deste atraso, sugerindo possível jogo sujo.

O advogado Luiz Felipe Maia, especialista em jogos, explica que essas questões em andamento, combinadas com a falta de cooperação, provavelmente causarão mais estagnação. A negociação com o Congresso antes da publicação da medida provisória se torna crucial para evitar a rejeição com base no argumento de que a regulamentação está pendente há mais de quatro anos.

Consequentemente, espera-se que o projeto regulatório seja ainda mais atrasado, com a conclusão da CPI sobre a corrupção no esporte parecendo ser o catalisador para o progresso, embora não se possa dar garantias.

O atraso no consenso federal sobre apostas esportivas também levanta preocupações sobre a incongruência com licenças concedidas em nível estadual, como no Rio de Janeiro. Estados como Paraná e Paraíba também planejam seguir o mesmo caminho. Se um planejamento legislativo ruim tornar essas licenças incompatíveis com a eventual legislação federal, isso pode levar a consequências financeiras para o governo.

Os reguladores podem optar por continuar operando no mercado cinza dominante em vez de buscar registro legal se as licenças se tornarem incongruentes, frustrando o propósito dos esforços regulatórios e resultando em perdas de receita significativas de transações não tributadas.


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